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Segundo o engenheiro brasileiro Ramon de Paula, chefe dessa missão na agência espacial, a prática é uma tradição em momentos decisivos no JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), da Nasa, de onde a Phoenix foi controlada. A idéia é trazer sorte para o procedimento, principalmente em missões interplanetárias complexas, como nesse caso.
Há 32 anos, a Nasa não conseguia fazer uma sonda descer em Marte utilizando motores retropropulsores - a tecnologia utilizada pela Phoenix. E em 1999, a sonda Mars Polar Lander se perdeu após tentar chegar ao solo do planeta.
"Foi um grande desafio para a gente, não só do ponto de vista científico, mas também em engenharia. Tivemos que aprender com as nossas falhas, com as sondas que perdemos", conta o engenheiro.
Há 32 anos, a Nasa não conseguia fazer uma sonda descer em Marte utilizando motores retropropulsores - a tecnologia utilizada pela Phoenix. E em 1999, a sonda Mars Polar Lander se perdeu após tentar chegar ao solo do planeta.
"Foi um grande desafio para a gente, não só do ponto de vista científico, mas também em engenharia. Tivemos que aprender com as nossas falhas, com as sondas que perdemos", conta o engenheiro.
Para pousar em Marte, a Phoenix utilizou a fricção atmosférica do planeta, depois um pára-quedas e motores retropropulsores. Outra grande preocupação foi a abertura correta dos painéis solares, necessários para fornecimento de energia e recarregagem das baterias - qualquer rocha com mais de meio metro nas redondezas poderia atrapalhar essa abertura.
Busca por vida
Durante o período de funcionamento, vai analisar a camada de gelo existente em Marte. Ao estudar as condições e as origens da água no local, a Phoenix vai procurar por outras condições propícias para a vida no planeta, como compostos orgânicos.
A sonda é capaz de coletar pequenas quantidades desses compostos e identificá-los, no próprio planeta. As duas naves Viking, da Nasa, que chegaram a Marte em 1976, não detectaram a existência desses compostos.
Para a Nasa, estudar a água em Marte é chave para descobrir respostas importantes, como se o planeta já teve vida. Segundo a agência, os pesquisadores também podem descobrir maiores informações sobre o processo de mudança climática.
"É importante que fique claro que não estamos fazendo isso só pela experiência científica. É um conhecimento que pode ser aplicado aqui na Terra, para a humanidade. Podemos descobrir como a água desapareceu ou por que ela ficou toda congelada no pólo", afirma de Paula. Para ele, Marte pode ensinar algo para os habitantes da Terra.
"Se descobrirmos como a água desapareceu [no planeta], podemos usar esse conhecimento científico para nos proteger, para não passar por essa fase", afirma.
Ainda nesta semana, a maior parte do controle da missão da Phoenix será transmitido à Universidade do Arizona, que teve papel determinante no desenvolvimento da sonda. A maior parte das análises será feita ali, com o apoio da Nasa.
Uma das principais razões é econômica: a universidade já contribuiu com equipamentos e instalações para a missão - e vai utilizar a força de trabalho de estudantes para a realização de análises.
Fonte : Felipe Maia - Folha Online.