Ciência e Tecnologia

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

NASA Estuda Gravidade e Interior da Lua

A NASA está com tudo pronto para o lançamento da sonda lunar GRAIL (Gravity Recovery And Interior Laboratory).

Na verdade, são duas sondas gêmeas, que vão estudar a gravidade da Lua e fazer análises para tentar obter mais informações sobre o interior do nosso satélite.

Usando uma técnica de voo em formação, sinais de rádio transmitidos continuamente entre as duas sondas vão fornecer aos cientistas as medidas exatas necessárias para mapear a gravidade da Lua.

O voo em formação tem o benefício adicional de manter o fluxo de informações entre as sondas e as estações terrestres quando elas estiverem no lado da Lua não visto da Terra.

A missão também vai tentar responder antigas perguntas sobre a Lua, incluindo o tamanho de um possível núcleo interior, e deverá dar aos cientistas uma melhor compreensão de como a Terra e outros planetas rochosos do Sistema Solar se formaram.

Caminho Tortuoso

As sondas gêmeas, GRAIL-A e GRAIL-B, serão lançadas a bordo de um foguete Delta II.

E não será uma viagem simples. Elas seguirão rotas diferentes e tortuosas, levando cerca de 3,5 meses para chegar às suas posições definitivas em órbita da Lua.

A GRAIL-A deverá percorrer cerca de 4,2 milhões de quilômetros e a GRAIL-B 4,3 milhões km até estarem posicionadas para o início da fase científica da missão.

Já em órbita lunar, as sondas começarão a trocar sinais de rádio para definir precisamente a distância entre elas.

Mistérios da Lua

Pequenas diferenças gravitacionais de uma região para a outra da Lua deverão induzir minúsculas expansões e contrações na distância entre as duas sondas.

Esses serão os dados primários para o mapeamento da gravidade da Lua e darão informações sobre o interior do satélite.

Só recentemente, a sonda espacial GOCE, da Agência Espacial Europeia, fez um mapa preciso da gravidade da Terra.

"A missão GRAIL vai desvendar mistérios lunares e nos ajudar a entender como a Lua, a Terra e outros planetas rochosos evoluíram," resume Maria Zuber, cientista-chefe da missão.

Fonte : Portal Inovação Tecnológica - www.inovacaotecnologica.com.br

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os Mares Estão Ficando Sem Alimento

Uma equipe de cientistas marinhos composta por Daniel Boyce, da Dalhousie University (Canadá), Marlon R. Lewis e Boris Word, realizou a compilação dos dados recolhidos durante um século com o objetivo de conhecer a saúde dos mares.

A iniciativa começou a ser incubada no ano de 1899 através de um simples e original método: o disco Secchi. Este disco do tamanho de um prato de mesa tem pintado um padrão com as cores branco e preto alternadas.

Preso por um cabo, ele é deixado cair dentro do mar e se observa o tempo que transcorre até que a turvação de água impede que ele seja visto.

A profundidade à qual isto acontece é proporcional à quantidade de algas microscópicas presentes que compõem o fitoplâncton.

Desde o ano que começou a ser utilizado este método para determinar a transparência das águas oceânicas e a evolução dos níveis de fitoplâncton, foram realizadas meio milhão de observações em um período de tempo de mais de cem anos.

Esta é a primeira vez que um grupo de cientistas reúne todos os dados obtidos para dar sentido ao que realmente está acontecendo com os mares de nosso planeta.

Segundo as conclusões às quais chegou a equipe científica de Daniel Boyce, o fitoplâncton vem diminuindo 1% a cada ano nos últimos 110 anos e, embora esta quantidade pareça ínfima, na atualidade há 40% menos que em 1950.

O primeiro elo da cadeia trófica

O fitoplâncton é composto por pequenas algas fotossintéticas e são o primeiro elo da cadeia trófica, ou seja a cadeia alimentar, por isso que o nível de sua presença representa o estado de saúde dos mares.

Enrique Pardo, cientista marinho da organização internacional Oceana, explica à EFE que "o fitoplâncton compõe entre 50% e 90% da biomassa no oceano, o que dá a ideia da relevância que pode ter a presença ou ausência destes microorganismos no meio marinho.

É a parte do plâncton que é fotossintética. Seria como a parte vegetal, que é a que tem clorofila. É muito relevante porque segundo os censos da vida marinha corresponde em torno de 95% da respiração dos oceanos, que são o principal motor na captação de CO2 da atmosfera e na produção de oxigênio no meio marinho".

O estudo realizado pela equipe de Boyce mostra a perda que está acontecendo por alterações derivadas das atividades humanas.

Pardo acrescenta que "por serem organismos fotossintéticos eles têm uma forte dependência das condições meteorológicas. Assim, a mudança climática afeta principalmente de duas formas.

Uma é que ao aumentar a temperatura de água se impede a mistura de águas profundas, ricas em nutrientes, com as águas superficiais, que é onde se encontram as maiores concentrações de fitoplâncton, o que atrapalha sua reprodução.

Por outro lado, está o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. O meio marinho capta em torno de 30% do CO2 emitido na atmosfera e absorve 80% do calor atmosférico.

À medida que o CO2 aumenta, o meio marinho o absorve mais. Em princípio, isto pode parecer positivo pois o fitoplâncton requer esse CO2 para realizar a fotossíntese. No entanto, em concentrações altas demais acontecem processos de acidificação.


Fonte : Isabel Martínez Pita (EFE)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Surgindo a Injeção Sem Dor

Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma vacina em forma de adesivo que poderia substituir as dolorosas seringas de injeções.

O adesivo tem centenas de agulhas microscópicas que se dissolvem quando em contato com a pele. Cada adesivo contem 100 "microagulhas" com 0,65 milímetros de comprimento.

Os adesivos foram desenvolvidos pela Emory University e pelo centro científico Georgia Institute of Technology.

Testes feitos em camundongos mostraram que a nova tecnologia pode ser até mais eficaz na imunização contra doenças como gripe.

Richard Compans, professor da Emory University e co-autor do artigo, explica que as microagulhas não precisam penetrar muito profundamente na pele, pois há muitas células do sistema imunológico imediatamente abaixo da superfície da pele. "Esperamos poder fazer alguns testes em humanos em alguns anos", disse.

Na pesquisa publicada na revista científica Nature Medicine, os pesquisadores usaram apenas vacina antigripe, mas eles esperam poder desenvolver adesivos com outros tipos de vacinas. Outro desafio da pesquisa é manter o custo baixo, no mesmo nível da produção de seringas.


Fonte : BBC Brasil

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estrela Engolindo um Planeta

O Telescópio Espacial Hubble descobriu sinais de que uma estrela semelhante ao nosso Sol está lentamente "devorando" um planeta próximo, longe do Sistema Solar.

Astrônomos já haviam concluído que estrelas são capazes de engolir planetas que as orbitam, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é constatado tão claramente.

Embora o planeta esteja longe demais para ser fotografado pelo telescópio, os cientistas criaram uma imagem dele baseada em análises das informações coletadas pelo Hubble.

A descoberta foi divulgada na publicação científica The Astrophysical Journal Letters.
Os pesquisadores dizem que o planeta, chamado Wasp-12b, pode ainda existir por mais dez milhões de anos antes de ser completamente engolido por seu sol, o Wasp-12.

O planeta está tão próximo da estrela que completa uma órbita em apenas 1,1 dia terrestre e tem temperaturas em torno dos 1.500º C.

A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela.

"Nós vimos uma nuvem imensa de material em torno do planeta que está escapando e será capturada pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University, na Grã-Bretanha. Ela lidera a equipe de especialistas que identificaram o fenômeno.

A detecção da nuvem pelo Hubble permitiu que os cientistas tirassem conclusões sobre como ela foi gerada.

"Identificamos elementos químicos nunca vistos antes em planetas fora no nosso Sistema Solar." A Wasp-12 é uma estrela-anã localizada na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro). O Wasp-12b havia sido descoberto em 2008.

Fonte : BBC Brasil - UOL Ciência e Saúde.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vulcão na Islândia Pode Durar Meses

O vulcão islandês continua sendo uma ameaça persistente para o transporte aéreo europeu. A volta de sua atividade perturbou diversos aeroportos nos últimos dias. Para analisar melhor o comportamento do Eyjafjallajökull, duas equipes de vulcanólogos europeus foram no início de maio à Islândia. Patrick Allard, do Instituto de Física Global de Paris (CNRS-CEA), faz parte delas, e conseguiu chegar até o cume do vulcão.

Como explicar os caprichos do Eyjafjallajökull? Eles se devem, acima de tudo, às mudanças de direção dos ventos. A erupção continua. Ela começou no dia 20 de março pela emissão tranquila de um magma basáltico fluido (47% de silício) à beira da geleira com 200 metros de espessura que cobre o vulcão. A partir do dia 14 de abril, foi um magma diferente, mais rico em silício (57%), e portanto mais viscoso, chamado de andesita, que irrompeu de maneira explosiva através da geleira, por meio do duto central do vulcão.

A fragmentação violenta desse magma por meio dos gases que ele contém, somada à vaporização inicial da água vinda do derretimento da geleira, gerou grandes colunas de cinzas. Enquanto esse regime eruptivo continuar, o céu europeu permanecerá sob a ameaça das nuvens vulcânicas. Nos últimos dias, observou-se uma produção crescente de cinzas, bem como de sua altura, em coincidência (fortuita ou não) com uma crise sísmica profunda (20-15 km) que anuncia uma nova realimentação do vulcão em magma fresco.

Isso significa que não é mais preciso misturar magma e gelo para produzir cinzas? Exato. Nesse momento estamos lidando com uma pura fragmentação explosiva do magma, sem interação com o gelo (as cinzas emitidas são “secas”). Nós também pudemos verificar isso quando chegamos à beira da cratera, para ali efetuar medições da composição dos gases magmáticos por meio de espectroscopia infravermelha. No entanto, as interações entre magma e gelo continuam sendo muito prováveis, pois ainda há gelo dentro da cratera de 300 metros de diâmetro formada pela erupção, e todo o entorno da geleira está fraturado, com gigantescas fissuras abertas.

A duração da erupção dependerá de sua alimentação em magma e em gás. O monitoramento geofísico detectou as injeções de magma antes e durante a erupção, bem como as deformações associadas a essas injeções. O regime atual sugere que a erupção poderá durar de várias semanas a vários meses. A erupção anterior do Eyjafjallajökull durou mais de um ano, de dezembro de 1821 a janeiro de 1823.

Fonte : Por Hervé Morin - Le Monde. Tradução : Lana Lim.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Produção em Massa de Estrelas

Um grupo internacional de astrônomos descobriu uma galáxia que há 10 bilhões de anos produzia estrelas numa velocidade 100 vezes mais rápida do que a da Via Láctea atualmente.

Segundo os pesquisadores liderados pela Universidade de Durham, na Grã-Bretanha, a galáxia conhecida como SMM J2135-0102 produzia aproximadamente 250 sóis por ano.

"Essa galáxia é como um adolescente passando por um estirão", comparou Mark Swinbank, autor do estudo e membro do Instituto de Cosmologia Computacional da universidade britânica.

A pesquisa, publicada no site da revista científica Nature, revelou que quatro regiões da galáxia SMM J2135-0102 eram 100 vezes mais brilhantes do que atuais áreas formadoras de estrelas da Via Láctea, como a Nebulosa de Órion, indicando uma maior produção de estrelas.

"Galáxias no início do Universo parecem ter passado por um rápido crescimento e estrelas como o nosso Sol se formavam muito mais rapidamente do que hoje", disse.
A mesma equipe já tinha descoberto, em 2009, uma outra galáxia, MS1358arc, que também formava estrelas em uma velocidade maior do que a esperada há 12,5 bilhões de anos.

"Nós não entendemos completamente por que as estrelas estão se formando tão rapidamente, mas nossos estudos sugerem que as estrelas se formavam muito mais eficientemente no início do Universo do que hoje em dia", explicou Swinbank.

A galáxia SMM J2135-0102 foi encontrada graças ao telescópio Atacama Pathfinder, no Chile, operado pelo European Southern Observatory. Observações complementares foram feitas com a combinação de lentes naturais gravitacionais de galáxias nos arredores com o poderoso telescópio Submillimeter Array, no Havaí.

Por causa de sua enorme distância e do tempo que a luz levou para alcançar a Terra, a galáxia só pode ser observada como era há 10 bilhões de anos luz, apenas três bilhões de anos após o Big Bang.

Fonte: UOL Ciência e Saúde - BBC Brasil.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Planetas Terra e Marte mais Próximos

Terra e Marte estão mais próximos. A distância de 99 milhões de quilômetros é a menor em seis anos, de 2008 a 2014. O planeta vermelho poderá ser visto até mais próximo.

Como o verão está chegando ao norte de Marte, a calota polar e as nuvens estão mudando e a imagem pode ser vista de um telescópio médio ou de uma câmera digital. É possível também ver o planeta a olho nu, já que ele é quase tão brilhante quanto Sirius, a estrela mais brilhante do céu.

Mas não espere ver Marte como uma lua cheia, ele se parecerá mais com uma estrela alaranjada e bem brilhante.

Segundo o site da Nasa, vale reparar na combinação de Sirius com Marte. Enquanto a estrela é azul e pulsante, o planeta vermelho tem uma cor laranja permanente.

A cada 26 meses, aproximadamente, Terra e Marte se aproximam e às vezes ficam mais próximos, às vezes mais distantes. Em 2003, a distância foi a menor em 60 mil anos, quando ficaram a 56 milhões de quilômetros um do outro.

Fonte : Da redação em São Paulo do UOL Ciência e Saúde.

Foto de Marte : Nasa - Hubble.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Pressão Alta : Hipertensão

Depois de certa idade todo mundo sofre de pressão alta. Todo mundo é exagero, mas são muitos. Metade dos brasileiros com mais de 50 anos é hipertensa; proporção que atinge 60% depois dos 60 anos, e que não pára de aumentar daí em diante.

Sua ocorrência se tornou tão banal que é comum ouvir: "Minha mãe está ótima, tem só uns probleminhas de pressão". Probleminhas? Hipertensão é doença traiçoeira, sobrecarrega e hipertrofia a musculatura do coração - especialmente a do ventrículo esquerdo, encarregada de impulsionar o sangue através da aorta, cujo segmento superior é empurrado para cima e para trás. Nas fases finais, a hipertrofia pode ser tão exagerada que os médicos passam a chamá-lo de "coração de boi".

Com o passar dos anos, as camadas musculares que contraem e dilatam as pequenas e grandes artérias do organismo se tornam endurecidas: surge a arteriosclerose, que aumenta a probabilidade de doenças cardiovasculares. Cerca de 60% dos ataques cardíacos ocorrem em hipertensos; e 80% dos derrames cerebrais, também.

Além desses eventos dramáticos, a hipertensão mal controlada pode lesar os rins, a retina e as artérias periféricas e levar à insuficiência renal, à perda da visão e a amputações de membros, respectivamente.

Por isso, se você ou algum familiar é hipertenso, preste atenção:

1) O coração é uma bomba incansável: em suas câmaras passam 5 a 6 litros de sangue por minuto. Isso mesmo, por minuto;

2) A pressão arterial é conseqüência da "força" que o sangue faz contra a superfície das paredes internas das artérias para obrigá-lo a circular;

3) A pressão não é constante no decorrer do dia: em repouso ou dormindo, com os vasos relaxados, tende a cair; e a subir, quando fazemos esforço físico, estamos nervosos ou sob estresse;

4) Ao medir a pressão você deve estar sentado, com o aparelho ajustado em seu braço à altura do coração. Não fale. Descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo antes de efetuar a medida. Você não deve ter realizado esforço nos últimos 60 minutos. Não fume nem ingira alimentos ou bebidas alcoólicas nos 30 minutos que antecederem a medida. Esvazie a bexiga e não cruze as pernas. Se a pressão estiver alta, repita a medida dois ou três minutos depois;

5) É preciso muita cautela antes de rotular uma pessoa como hipertensa;

6) Você terá níveis ideais de pressão, quando a máxima estiver abaixo de 12, e a mínima, abaixo de 8. Estará numa situação limítrofe quando a máxima estiver entre 13,0 e 13,9 ou a mínima entre 8,5 e 9. Será considerado hipertenso quando a máxima atingir 14,0 ou mais ou a mínima atingir ou ultrapassar 9,0;

7) Aumentos de peso e de pressão arterial andam de mãos dadas. As diminuições, também: nos hipertensos, para cada 1 kg perdido a pressão cai em média 0,13 a 0,16 unidades (cm);

8) Muitos acham que aumento da pressão provoca dor de cabeça, tontura, peso na nuca, mas, como nada sentem, passam anos sem medi-la. Está errado, a doença é silenciosa. Só provoca sintomas em fases muito avançadas ou quando ocorre aumento abrupto;

9) Em 90% a 95% dos casos não se consegue descobrir a causa da hipertensão;

10) A doença é mais comum em negros e seus descendentes;

11) O objetivo-alvo do tratamento é manter rigorosamente níveis que não ultrapassem 12 x 8;

12) A melhor forma de controlar a pressão é por meio de mudanças no estilo de vida: manter atividade física diária, evitar a obesidade, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, doces, sal, reduzir o estresse e, especialmente, deixar de fumar;

13) A prevenção das complicações através do uso de medicamentos anti-hipertensivos foi um dos maiores sucessos da medicina contemporânea;

14) Se puder, escolha um médico atualizado com as inúmeras opções terapêuticas disponíveis;

15) Assuma o controle de sua condição: compre um aparelho para medir a pressão em horários variados;

16) Tome os comprimidos religiosamente nos horários prescritos. Em caso de efeitos colaterais, entre em contato com seu médico, não faça ajuste de doses nem interrompa o tratamento por conta própria;

17) Descontados os casos de hipertensão mais leve, é provável que você tenha de tomar remédio pelo resto da vida. Não fique revoltado, dê graças a Deus por eles existirem.

Autor : Dr. Drauzio Varella Conheça o excelente site :
www.drauziovarella.com.br

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Descoberta de Novas Galáxias

Cientistas anunciaram a descoberta do mais distante aglomerado de galáxias conhecido até hoje, localizado a 10,2 bilhões de anos-luz da Terra.

A observação agora realizada retrata a situação do aglomerado de galáxias quando o Universo tinha apenas um quarto da idade que tem hoje.

O aglomerado de galáxias, batizado de JKCS041, bate o recorde anterior em mais de um bilhão de anos. A imagem foi composta pela junção de dados coletados pelo Telescópio Chandra, que observa o Universo na frequência dos raios X do universo, telescópios de infravermelho e telescópios ópticos.

Aglomerados de galáxias são os maiores objetos do Universo unidos gravitacionalmente. A descoberta de uma estrutura tão grande, existente em uma época tão distante no passado, pode fornecer informações importantes sobre como o Universo evoluiu.

O JKCS041 foi encontrado naquilo que os cientistas consideram ser o limite onde possam existir aglomerados de galáxias, baseados no tempo necessário para sua formação. Desta forma, o estudo de suas características - como a composição, massa e temperatura - deverá revelar mais informações sobre como o Universo se formou.

"Este objeto está próximo do limite de distância esperada para um aglomerado de galáxias", disse Stefano Andreon, do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF), em Milão, Itália. "Nós não acreditamos que a gravidade possa ter trabalhado rápido o suficiente para fazer aglomerados de galáxias muito mais cedo."

Sem as observações de raios X, permanecia a possibilidade de que o JKCS041 fosse formado por galáxias distantes entre si, mas na mesma linha de visão, uma espécie de filamento comprido de galáxias e gases, visto de frente.

A massa e a temperatura dos gases quentes detectados pelo Telescópio Chandra eliminaram essa possibilidade, confirmando tratar do mais antigo aglomerado de galáxias conhecido.


Fonte : Matéria e redação do site www.inovacaotecnologica.com.br

domingo, 29 de março de 2009

Fios de Diamante abrem Caminho para Computadores Quânticos

Virtualmente todos os elementos essenciais para a construção de um computador quântico já foram demonstrados utilizando-se o diamante - veja, por exemplo, Diamante tem qubits para computador quântico a temperatura ambiente e Diamante tem qubit natural para construção de computadores quânticos.

Contudo, se os cientistas não se esqueceram de anotar nenhum ítem em sua lista de encomendas, falta algo que, mesmo sendo prosaico, é essencial para a construção de qualquer circuito: os fios.

Imagine que já tivéssemos inventado o transístor e todos os demais componentes eletrônicos necessários para fabricar o processador de um computador, mas ainda não tivéssemos inventado os fios para interligá-los. É mais ou menos isso o que acontece atualmente com o computador quântico.

Fios de diamante

Mas a solução parece estar a caminho. As equipes dos pesquisadores australianos Steven Prawer e Francois Ladouceur conseguiram produzir ranhuras no diamante que funcionam como se fossem fios capazes de transportar fótons - os elementos básicos da luz.

Utilizando feixes de íons, os pesquisadores esculpiram canais de 4,5 micrômetros de largura por 1,5 micrômetro de profundidade na superfície plana de um filme de diamante. A luz entra nesse canal e é refletida continuamente pelas suas paredes, "caminhando" por ele.

Para evitar que a luz "escape" para o interior do diamante, os cientistas bombardearam seus canais com íons de hélio, transformando a camada de subsuperfície do canal em grafite. Essa camada de grafite foi retirada quimicamente, deixando um espaço que sela opticamente a canaleta, transformando-a em um guia de luz quase perfeito.

Recombinação de fótons

Os pesquisadores conseguiram demonstrar seus "fios" de diamante com comprimentos de vários milímetros, o que pode torná-los adequados para conectar os componentes de um computador quântico.

O próximo passo será construir guias de ondas capazes de fazer com que os fótons dividam-se por duas rotas diferentes e recombinem-se novamente mais à frente. Isto é possível porque, como os elétrons, os fótons têm comportamentos tanto de onda quanto de partícula. Essa divisão e recombinação é um elemento essencial na computação quântica à base de luz.

Décadas de pesquisa

Embora os componentes quânticos feitos à base de diamante já tenham demonstrado a viabilidade de um dos conceitos para a construção de um computador quântico, esses componentes estão longe de serem robustos o suficiente para que possam ser simplesmente montados como se fossem os componentes de um circuito eletrônico comum. O que vale dizer que ainda serão necessárias décadas de pesquisas e desenvolvimentos para que um computador quântico prático possa ser demonstrado.

Fonte : Portal de Tecnologia www.inovacaotecnologica.com.br

Bibliografia : Diamond waveguides fabricated by reactive ion etchingMark P. Hiscocks, Kumaravelu Ganesan, Brant C. Gibson, Shane T. Huntington, François Ladouceur, Steven PrawerOptics ExpressVol.: 16, Issue 24, pp. 19512-19519DOI: 10.1364/OE.16.019512.